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VOLKSWAGEN JETTA 2.0 TSI HIGHLINE


Novo ou usado? Volkswagen Jetta (Foto: Autoesporte)
Na seção Novo ou Usado nós indicamos a melhor opção entre duas versões de um mesmo modelo. Confira: Volkswagen Jetta Highline 2.0 TSI 2015, de R$ 93.990, versus Volkswagen Jetta Highline 2.0 TS 2011, de R$ 62.938, segundo a Fipe.

O Volkswagen Jetta passou por uma reestilização leve em março passado, com alterações pontuais em itens de série e a adoção de uma nova suspensão multilink para o 2.0 aspirado. Porém, a versão que mais interessa aos entusiastas é o Jetta 2.0 TSI Highline de 211 cv. Equipado com o eficiente conjunto de motor turbo e câmbio de dupla embreagem e seis marchas, o sedã mexicano sempre encantou pelo nível de desempenho. Se você deseja um destes para chamar de seu, confira o Novo ou Usado para ver se vale a pena levar o Jetta facelift para casa ou ficar com o seminovo.

Desempenho

Desde que foi lançado, o 2.0 TSI passou apenas por uma alteração, quando passou a gerar 211 cv contra 200 cv originais. Isso não dá ao modelo facelift a primazia em termos de desempenho, ambos se equivalem. Afora a potência elevada, o EA211 2.0 TSI agrada pelo platô quase plano de torque. São 28,5 kgfm  entre 1.700 e 5 mil giros. Basta arrancar com vontade para o Jetta Highline 2011 ir aos 100 km/h em 7 segundos. Olha que a força é bem menor da disponível no novo EA888 2.0 TSI do VW Golf GTI, que conta com 220 cv e 35,7 kgfm e consegue cumprir a mesma prova em 6,2 s. Curiosamente, o sedã modelo 2015 equipado com motor mais potente ficou com tempo pior, foram 7,5 s no último teste. Olha que o conjunto de rodas e pneus (225/45 aro 17) não mudaram, o que poderia explicar em parte a diferença. Ponto em desempenho para o veterano.

O câmbio DSG de seis marchas conta com lubrificação a óleo do conjunto de duas embreagens, o que poupa ele de barulhos frequentes de transmissão que costumam vitimar as caixas "secas". As trocas são rápidas em qualquer modo, e ganham pressa e agressividade no modo Sport. Ainda há a opção das trocas sequenciais por borboletas no volante ou toques na alavanca. Com a ajuda do câmbio e da puxada forte do torque em baixa, a retomada de 60 a 100 km/h é despachada em 3, 8 segundos. Não é por acaso que o Jetta Highline ainda é o sedã médio mais rápido do segmento. O consumo, por sua vez, não encanta tanto pelos 8 km/l de gasolina obtidos na cidade, porém compensa nos 15,4 km/l marcados na estrada, sem grandes alterações entre as versões.

Equipamentos

O Jetta Highline 2015 parte de R$ 93.990. Há dois pacotes de opcionais, afora teto-solar como opção individual por R$ 4.127. O pacote Exclusive sai por R$ 3.862 e inclui controle de cruzeiro, bancos revestidos de couro com aquecimento para os dianteiros, retrovisor interno eletrocrômico, espelhos externos rebatíveis eletricamente (com função tiltdown para o direito) e sensores de chuva e de luz. O pack Premium de R$ 9.426 traz o conteúdo do Exclusive e adiciona banco do motorista com ajustes elétricos, partida sem chave, faróis bixenônio adaptativos com luzes de rodagem diurnas em leds e sistema de som com GPS. Com todos os itens, o preço do Jetta Highline chega a R$ 107.543, sem incluir pintura metálica (R$ 1.122) ou perolizada (R$ 1.657).

Se você optar pelo modelo Highline 2011, pode encontrar um carro equipado com todos opcionais por menos de R$ 60 mil com alguma facilidade, um belo desconto que compensa qualquer ida na concessionária. Lembre-se de que, por ser um carro turbinado, o Jetta 2.0 TSi exige cuidados especiais. Atente para o prazo de revisões e troca de óleo, cujos intervalos nunca podem ser subestimados. O descompasso de valores é tamanho que compensa as ausência das alterações presentes no facelift, entre elas, a adoção de novos para-choques, faróis e lanternas, afora a nova face do painel e volante multifuncional.

Espaço interno

A distância entre-eixos de 2,65 metros é suficiente para levar até dois adultos com cerca de 1,80 m atrás. Apenas um passageiro central-traseiro vai se sentir apertado pelo túnel central elevado e pelo console com saídas de ar muito recuado. Na prática, apenas quatro adultos vão com conforto em qualquer uma das versões. O porta-malas, por sua vez, é bem mais generoso. O compartimento leva bons 536 litros de volume, além de contar com o recurso de banco traseiro bipartido.
Ergonomia e acabamento

Independentemente do ano de fabricação, qualquer Jetta da geração atual preserva os fundamentos da ergonomia germânica. Há ajustes amplos tanto para o banco do motorista quando para a coluna de direção, regulável em altura e distância. Passageiros de 1,60 m a 1,85 m ficam bem posicionados no VW. O console centra é levemente voltado ao motorista, facilidade que combina com o quadro de instrumentos de visualização instantânea.
Em acabamento, o atual Jetta apanhou na época do lançamento. Os painéis de porta perderam um pouco do requinte da geração anterior, por exemplo. Onde o motorista encosta com maior frequência, contudo, há material emborrachado, particularmente macio na parte de cima do painel. A versão pós-facelift, contudo, leva a melhor. O volante do Golf combina com o quadro de instrumentos com mostradores emoldurados por copos e dá um aspecto mais refinado ao painel.

Conforto e estabilidade
Mesmo que ainda não conte com a evoluída plataforma MQB do novo Golf, o Jetta ainda manda bem com a sua antiga base. As suspensões seguem o esquema McPherson na dianteira e multilink na traseira. Além disso, há salvaguardas eletrônicas como o controle de tração e de estabilidade, que deixou de ser item de série apenas no Comfortline, algo inexplicável. Para ajudar a transmitir toda a força ao solo, o Jetta TSI aposta no bloqueio eletrônico do diferencial. Em conforto, ambos se equivalem, sem batidas secas ao final do curso da suspensão ou barulhos parasitas em excesso. Empate técnico.
Manutenção e seguro

Quanto ao seguro, o Jetta 2011 não encanta tanto. O valor de R$ 4.577 obtido pela nossa cotação é bem superior em termos percentuais aos R$ 4.939 pedidos pelo Jetta 2015, que custa quase o dobro dos exemplares seminovos pesquisados. Em manutenção, o VW mexicano conta com uma cesta de peças cara. São R$ 9.571, sendo que algumas peças podem precisar ser trocadas no seminovo. O jogo de amortecedores, por exemplo, sai por R$ 1.575, o triplo do cobrado pelo concorrente Toyota Corolla. Pastilhas de freio saem por R$ 408, o dobro do pedido pelo japonês. É o preço de se ter um sedã com desempenho de esportivo.

Oferta

A tabela de preços da Fipe indica R$ 62.938 como valor médio pedido por um Jetta 2011. Na prática, basta pesquisar um pouco para encontrar modelos a partir de R$ 55 mil, com chances de achar um carro mais novo, completo e com quilometragem abaixo dos 50 mil km rodados. Dê preferência a carros com manutenção em concessionária e trocas de óleo feitas regiamente, isso conta mais do que hodômetros pouco rodados.
Ao pesquisar em concessionárias VW, encontramos o modelo novo pelo preço mínimo de R$ 91 mil, um desconto de quase R$ 2 mil em relação ao preço de tabela. Foi possível encontrar o carro básico com alguma facilidade. As melhores condições foram achadas em uma loja da Zona Sul de São Paulo, com 50% de entrada (R$ 45.750) e saldo em 36 vezes de R$ 1.559,19 com juros de 1,15% ao mês.

Vencedor
Volkswagen Jetta Highline 2011


Era meio que uma vitória cantada. Somente um custo de manutenção muito alto jogou contra, sem falar no valor de seguro desproporcional ao preço pedido pelo seminovo. São dois pesadelos comuns de carros mais esportivos, e o Jetta não foge disso. Mas o modelo 2011 tem visual ainda atual, que mudou pouco no facelift, sem falar no pacote de itens normalmente completo e dos exemplares razoavelmente pouco rodados. De quebra, ainda saiu-se melhor que o Jetta atual na pista. Perfeito para se passar por um Audi com logotipo diferente, tal como apreciam os fãs do sedã médio apimentado.

Referencia: https://revistaautoesporte.globo.com/Analises/noticia/2015/06/novo-ou-usado-volkswagen-jetta-20-tsi-highline.html

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